quinta-feira, 15 de julho de 2010

Penso..

Nós somos disciplinados até sermos discipulados.

sexta-feira, 12 de março de 2010


quarta-feira, 10 de março de 2010

Convite Irresistível

Depois de tantos anos de religião, tenho pensado nestes dias no que faz alguem deixar, de repente, todas as suas convicções de lado e embrenhar-se numa empreitada mística, em rumo a aceitação de uma comunidade de pessoas, boas e más, que se reunem para adorar o divino Deus.

Penso como é dificil para alguns aceitar tal revolução, sem que isso seja invasivo à personalidade do sujeito, que evoluiu e que tem suas próprias crenças acerca do espiritual e do transcendente.

Na verdade este é um convite dificílimo de ser feito e de ser aceito, mormente por pessoas que se encheram de algum conteúdo ao longo de sua vida, seja de natureza acadêmica ou empírica. Então me volto a Jesus e procuro a verdade em suas palavras, que me revelam a ignorância do meu ser, me penitenciando por duvidar, embora eu saiba que isso na maioria das vezes é um exercício saudável para a fé.

Então, via de regra, surge alguém falando em nome de Jesus conclamando-nos a mudar radicalmente o rumo de nossas vidas e seguir em rumo ao invisível.

Realmente esse é um convite anormal que desafia o homem, entretanto, o convite para seguir Jesus não é um convite radical, na verdade, ele se torna radical ao longo do processo de nossa caminhada com Ele. Para uns isso significa uma guinada vertiginosa como uma montanha russa, para outros é um processo de amadurecimento durante uma constante caminhada matinal.

Creio que o segredo para o convite ao evangelho é levar a mensagem mais simples que se pode transmitir.

Desde um neófito até um teólogo, a mensagem do evangelho é contar a história de alguém que amou. "Amou tanto o mundo"(jo 3.16) que deu sua vida pelos amigos e inimigos.

O sacrificio é um gesto de amor, mas ele é somente o gesto que se manifesta, a causa desse ato altruístico vem antes: Deus amou e amou muito.

Quando alguém dá uma festa, envia convite aos seus convidados, demonstrando o interesse na presença do amigo e tudo mais. Em um convite não há uma lista imensa de regras e requisitos, quando muito, menciona-se o tipo de festa e a vestimenta adequada.

O convite irresistível de Jesus também é simples, ele diz: "Você quer ser amado por mim. Aceite-me."

Amar a Jesus e fazer aquilo que ele pede só é possivel quando o conhecemos em verdade e para o conhecermos de verdade basta que andemos com ele. A coisa boa é que Jesus é o único amigo que está disponivel 24 horas por dia, sete dias por semana.

Quando esse amor se torna recíproco e vivemos nele e ele em nós, nos vivemos a vida dele e ele vive (viveu) a nossa, pagando inclusive pelos nossos erros e nos livrando da morte ("ainda que morra viverá"Jo 11.25)

Convite irresistível esse, "Ser amado e viver sempre".

©Diogo Pereira

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

A parábola da bola

Os dez homens importantes sentados ao redor da bola discutiam acaloradamente:– A bola é grená, disse um.– Claro que não, a bola é bordô, retrucou outro em tom raivoso.Todos estavam fascinados pela beleza da bola e tentavam discernir a cor da bola.
Cada um apresentava seu argumento tentando convencer os demais, acreditando que sabia qual era a cor da bola. A bola, no centro da sala, calada sob um raio de sol que entrava pela janela, enchia a sala de uma luminosidade agradável que deixava o ambiente ainda mais aconchegante, exceto para aqueles dez homens importantes, que se ocupavam em defender seus pontos de vista.– Você é cego?, ecoou pela sala gerando um silêncio que parecia ter sido combinado entre os outros nove homens importantes. Era até engraçado de observar a discussão – na verdade era trágico, mas parecia cômico.
Todos os dez homens importantes usavam óculos escuros, cada um com uma lente diferente. Talvez por causa dos óculos pesados que usavam, um deles gritou “você é cego?”, pois pareciam mesmo cegos.Depois do susto, a discussão recomeçou. O sujeito que acreditava que a bola era cor de vinho debatia com o que enxergava a bola alaranjada, mas um não ouvia o que o outro dizia, pois cada um usava o tempo em que o outro estava falando para pensar em novos argumentos para justificar sua verdade.
Aos poucos, a discussão deixou de ser a respeito da cor da bola, e passou a ser uma troca de opiniões e afirmações contundentes a respeito das supostas cores da bola. A partir de um determinado momento que ninguém saberia dizer ao certo quando, os dez homens tiraram os olhos da bola e passaram a refutar uns ao outros. Em vez de sugestões do tipo: – A bola é vermelha, todos se precipitavam em listar razões porque a bola não era grená, nem cor de vinho, nem mesmo alaranjada.
De repente, alguém gritou: – Ei pessoal, onde está a bola? Todos pararam de falar – estavam todos falando ao mesmo tempo, e foi então que perceberam um alarido parecido com aquelas gargalhadas gostosas que as crianças dão quando sentem cócegas. Correram para a janela e viram uma criançada brincando com a bola, que parecia feliz sendo jogada de mão em mão.
Ficaram enfurecidos com tamanho desrespeito com a bola. Ficaram também muito contrariados com a bola, que parecia tão feliz, mas não tiveram coragem de admitir, afinal, a bola, era a bola.
Lá fora, sem dar a mínima para os dez homens importantes, estavam as crianças brincando e se divertindo a valer com a bola que os dez homens importantes pensavam que era deles. E nenhuma das crianças sabia qual era a cor da bola.
Autor desconhecido

terça-feira, 24 de março de 2009

Criação

A obra prima de Deus.
Porque Deus fez o homem?
Sempre me perguntei sobre o porquê da criação do homem.
Não consegui engolir nenhuma das respostas teológicas e apologéticas e outras tantas éticas que tentaram me empurrar goela abaixo.
Mas, dou a mão à palmatória, pois elas me ajudaram a concluir racionalmente sobre a razão da criação humana.
Pode ser que muitos não concordem comigo, mas hoje sinto um alívio – livre – por pensar assim.
Um compositor escreve canções inéditas, um pintor dá vida às imagens que povoam seu imaginário, até mesmo um jogador de futebol é capaz de criar uma jogada inesperada do nada.
O denominador comum entre estes e aqueles é a inspiração. Sobre ela eu aprendi nos meus anos de cristão, pois a inspiração divina sobre o homem erigiu a obra prima da escrita: a Bíblia (minha convicção pessoal).
O que isso tem a ver com a criação do homem? É simples como uma lição de Jesus.
Ora, a maioria esmagadora dos catedráticos em teologia concorda que um dos fatores que identificam a imagem e semelhança do homem em relação a Deus é sua capacidade de criar, pensar, ser inventivo etc.
Por muito tempo, busquei a resposta da pergunta do início nos atributos de Deus, tentando entender tais mistérios ocultos das escrituras sagradas, que em certos momentos superam a capacidade do entendimento humano.
Muitos ainda continuarão procurando e espero que continuem. Paulo perseguiu tanto os cristãos, que encontrou o próprio Cristo face a face.
Bom, até aqui expus as problemáticas, pois estas são maiores que a conclusão. Deixe-me então responder a pergunta inicial – com a liberdade de interpretação das escrituras reconquistadas por Lutero – de acordo com o que aprendi sobre Deus.
Primeira questão: a resposta não está em Deus....
Calma! Baixem as tochas e deixem este suposto herege se explicar.
Se virmos as fotos de Leonardo da Vinci, podemos contemplar apenas sua aparência, sua forma, expressão registrada, beleza, feiúra etc. Não somos capaz de entende-lo através de sua simples imagem. Mas, se por outro lado deixamos o artista de lado e nos concentrarmos apenas em sua obra, aí sim podemos entendê-lo. No sorriso sarcástico/misterioso/complacente de Monalisa, percebemos seu lado provocativo, nos esquemas de suas invenções podemos admirar sua capacidade de improviso.
Ninguém sabe verdadeiramente quem é um escritor sem ter lido suas obras. Os Beatles só são os “Beatles” porque inovaram, inventaram e impressionaram o mundo com suas novas canções.
Creio que o mesmo processo me levou a compreender o ato da criação do homem, afinal porque um compositor compõe? Porque um pintor pinta? Porque um escritor escreve? Porque alguém cria algo?
O que acontece dentro de nós, seres humanos, para que sejamos capazes a realizar coisas tão fantásticas e admiráveis.
A resposta é simples: pura inspiração.
O que nos somos então? A ultima bolacha do pacote, os reis da cocada preta, os tais, os caras. Alto lá coroa da criação.
Voltamos então, nos que dizem os teólogos sobre “imagem e semelhança”. Que coisa impressionante são as palavras, pois nunca imaginei que em duas palavras existisse tanto contexto.
A Inspiração dos homens nada mais é do que o fruto da nossa imagem e semelhança com o criador, tal e qual está na Bíblia.
O que eu queria dizer desde o inicio é a resposta para a pergunta: Porque Deus criou o homem?
Inspiração....
Obrigado Senhor pela inspiração que me deste pois tu me criaste por tuas próprias mãos, obrigado por ter sido a coroa da tua criação, obrigado pela liberdade de pensar e criar.
Posso dizer então que o homem foi criado porque Deus é um genuíno Artista e o homem, a sua obra prima, fruto da inspiração divina pura da qual compartilhamos pela simples generosidade do Autor da Vida.
Amém.

© Diogo Pereira

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